segunda-feira, 1 de março de 2010

A Tecnologia Educacional e o contexto educacional brasileiro

A partir da entrevista com Martin Carvoy (Nova Escola, nº 227, nov.-2009), novamente percebo que a Tecnologia Educacional se insere num contexto educacional brasileiro em que a vivência reflexiva e crítica, resolução de problemas concretos e o trabalho coletivo ainda é pouco valorizado.


Segundo Carvoy, em Cuba apenas 2% do tempo discente é gasto com cópia de instruções e 38% resolvendo problemas de instruções e 38% resolvendo problemas e fazendo exercícios. Já no Brasil, Carvoy observou um tempo três vezes superior ao verificado em Cuba e narrou:

“Numa das salas brasileiras que observamos a garotada chegou a ficar uma hora copiando enunciados de problemas no caderno, algo que poderia ser resolvido com uma fotocópia ou uma folha mimeografada. (…) não estou dizendo que o quadro-negro não deva ser utilizado: ele é importante para apresentar conceitos e discuti-los, mas acho que seu uso deve ser rápido.”

E como ficam as tecnologias digitais nesse contexto? Devem ser utilizadas para reprodução apenas? Bem, elas com certeza agilizam os processos de reprodução, possibilitando um aumento qualitativo de exercícios prontos a serem respondidos e solucionados. Mas não só isso, pois ele também amplia as possibilidade de pesquisa, análise de informação, sistematização, registro e construção individual e colaborativa a partir das diversas interfaces disponíveis.

Como todo materiais didático pedagógico é importante que o professor explore, reflita, avalie e até registre suas percepções sobre as interfaces e ferramentas tecnológica.

Como usuário da tecnologia desde a máquina fotográfica digital até o sistema wiki de produção colaborativa passando pelo blog, fórum, slides, etc. O professor pode perceber melhor que qualquer orientador pedagógico, em que aspecto a ferramenta ou interface em questão pode contribuir para os processos de ensino-aprendizagem de seus alunos.



Fonte: Nova Escola nº 227 nov/2009 (p.40 a 43) – Ed. Abril



Indicação Bibliográfica:

CARVOY, Martin. A vantagem Acadêmica de Cuba. Ed. Ediouro.

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